A Escola Básica Integrada de Ribeira Grande foi criada em 2002, através da junção da então EB2 Gaspar Frutuoso e dos seis estabelecimentos do 1º ciclo e educação pré-escolar adstritos à Área Escolar de Ribeira Grande. Em 2016, a EB2 Gaspar Frutuoso fundiu-se com as escolas EB1/JI de Matriz e EB1/JI de Conceição formando a Escola Gaspar Frutuoso.

A Ecola Gaspar Frutuoso situa-se na Rua Benemérito Cónego Cristiano de Jesus Borges, junto ao C.A.S.A Bernardo Estrela. Geograficamente esta escola situa-se próximo do centro da cidade com fácil acesso aos transportes públicos, comércio, bancos, repartições públicas e diversas instituições.

Fazem parte da EBI as escolas: Gaspar Frutuoso, EB1/JI de Ribeirinha, EB1/JI de Foros, EB1/JI Madre Teresa d’Anunciada e EB1/JI de Santa Bárbara. Destas, três situam-se nas freguesias limítrofes da cidade, na Ribeira Seca, a EB1/JI Madre Teresa d’Anunciada, em Santa Bárbara, a EB1/JI de Santa Bárbara e, na Ribeirinha, a EB1/JI de Ribeirinha. As outras situam-se no interior da malha urbana, são elas a EB1/JI de Foros e Gaspar Frutuoso.

Apesar desta distinção espacial, o certo é que não há uma descontinuidade ou separação da malha urbana das freguesias. Santa Bárbara é contígua à Ribeira Seca, e esta à Conceição. No chamado centro da cidade não existe fronteira entre as freguesias da Conceição e Matriz, que é definida por uma linha de água. Há ruas que pertencem a ambas as freguesias. Um pouco mais descentrada é a freguesia da Ribeirinha, que contém, ela própria, uma maior dispersão urbana, incluindo dois lugares (Gramas de Cima e Gramas de Baixo) a uma distância significativa – cerca de 3 km – até ao centro da freguesia.

O centro da Cidade e ruas adjacentes é um típico centro urbano, onde a maioria da atividade está relacionada com o comércio e serviços. A sua população residente tende a diminuir e a deslocar-se para novos bairros ou urbanizações em crescimento do lado sul deste eixo. Do lado Norte existe uma malha urbana mais densa, onde há pequenas habitações, a maior parte de fraca qualidade, e bairros sociais onde se concentram famílias muito numerosas e de baixas condições sociais e económicas. Esta situação tende a agravar-se com o realojamento de inúmeras famílias, a maior parte das quais problemáticas, provenientes de variados locais da ilha. Estes realojamentos têm-se realizado, nos últimos anos, em prédios de apartamentos, como foi o caso de Ribeirinha, que acabaram por dar origem a situações extremamente problemáticas a nível social e económico dada a concentração de casos de desemprego, toxicodependência, pobreza e violência com repercussões inevitáveis na escola.

Grande parte da população empregava-se na construção civil e em indústrias ligadas a esta atividade até se ter instalado a atual crise económica que determinou o encerramento de algumas empresas e a redução acentuada da atividade de outras, gerando, assim, altos níveis de desemprego entre a comunidade e muitas dificuldades em termos de subsistência das famílias. Face a estas dificuldades verifica-se o recurso aos apoios sociais nomeadamente ao RSI, sendo que cerca de 66% da população escolar beneficia da ação social escolar.

A nível social e cultural existem algumas instituições que continuam a promover atividades, muitas delas, em interação com a escola ou ocupando as crianças nos seus tempos livres. Dentre as mais ativas encontram-se as bandas filarmónicas, com as escolas de música, o Museu Municipal, a Casa do Arcano, a Biblioteca Municipal, o Museu do Franciscanismo com atividades que complementam a formação dos nossos alunos.

Para além destas, a EBI tem parcerias com instituições e entidades de relevância na área da intervenção social: o IAS, o Centro de Saúde, a CPCJ, a PSP, o CDIJ da Ribeira Grande, a Santa Casa da Misericórdia, a Casa do Povo entre outras.

Com uma população que, nos últimos anos, ronda os 1600 alunos, a EBI funciona em 5 estabelecimentos, quatro com a educação pré-escolar e 1º ciclo e uma com a educação pré- escolar, 1º e 2º ciclos. A escola EB1/JI de Foros funciona num edifício da tipologia Plano de Centenários. A EB1/JI de Ribeirinha mantém um edifício do Plano de Centenários, tendo sido alvo de uma remodelação e ampliação a fim de dar resposta ao número crescente de crianças transferidas para aquela freguesia por via dos realojamentos. A escola EB1/JI de Santa Bárbara é a escola de menor dimensão e funciona num edifício de tipologia U4, com 8 salas de aula, sendo destinadas duas a espaço polivalente (refeitório e biblioteca). A escola EB1/JI Madre Teresa d’ Anunciada sofreu obras de remodelação e ampliação, funciona atualmente num edifício de tipologia P3.

Em termos de equipamentos desportivos é de salientar que as escolas EB1/JI de Foros, Madre Teresa d’Anunciada, Ribeirinha e Gaspar Frutuoso são estabelecimentos que dispõem de instalações cobertas específicas para a prática da Educação Física.

Todas as escolas do 1.º Ciclo dispõem de espaço para servir refeições, embora alguns de pequenas dimensões, a EB1/JI Madre Teresa d’Anunciada bem como a EB1/JI de Ribeirinha dispõem de boas condições para esse fim e a EB1/JI de Santa Bárbara dispõe de uma sala de aula adaptada para este fim. A Escola Gaspar Frutuoso dispõe de um refeitório devidamente equipado onde são produzidas as refeições que depois são transportadas para os

estabelecimentos do 1º ciclo. Nesta escola há ainda um bufete para os alunos, professores/educadores e funcionários. O serviço de refeições tem-se revelado uma preocupação nas escolas do centro da cidade devido à cada vez maior procura por parte dos encarregados de educação que garantem, assim, a um preço muito reduzido uma refeição para as suas crianças.

A Ribeira Grande teve a sua origem no lado poente da ribeira que dá o nome à cidade. Ao longo do litoral foi-se fixando mais a população trabalhadora, em terrenos mais pobres, sujeitos à maresia. O cultivo de trigo e do milho deu origem a indústrias de moagem (moinhos de água) e o linho à tecelagem. Daí a origem do nome “ fuseiro” para o habitante da Ribeira Grande (de fuso – de fiar o linho).

A economia desta zona evoluiu com a produção e exportação de laranja. O pequeno porto da Ribeirinha chegou a receber veleiros ingleses para o comércio da laranja. Nesta época próspera foram construídos os solares que são hoje parte significativa do património arquitetónico.

A praga que atingiu aquela produção agrícola, provocou o aumento da criação de gado bovino, hoje predominante. As produções agrícolas – milho, trigo, batata, beterraba, chicória, chá, tabaco e vinho perderam peso económico significativo e provocaram o encerramento de indústrias.

A extração e fabrico de materiais para a construção civil, a construção civil e a agropecuária são as principais atividades económicas, a par dos serviços e do comércio.

O desenvolvimento urbano, como centro de prestações de serviços justificou a elevação a cidade em 1981.

A proximidade de Ponta Delgada, onde se concentram as principais instituições públicas e privadas desacelerou o desenvolvimento da Ribeira Grande. No entanto muitas instituições continuam a promover atividades de âmbito cultural e social, como a Santa Casa da Misericórdia, Centro Social e Paroquial de S. Pedro, Casa Leo, Centro Social e Paroquial de Santa Bárbara (Projeto de intervenção comunitária), Academia de Música e Escuteiros, Casa do Povo. A associação ecológica “Amigos dos Açores” e a Ecoteca da Ribeira Grande promovem a defesa do ambiente, onde se incluem atividades para os alunos das escolas. Também o Museu Municipal tem proposto muitos momentos de interação com a escola, visando a divulgação do património cultural local.

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